sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cabelo Cabeleira


É uma verdade universalmente reconhecida que as conquistas que deixam a vida menos chata e difícil só vêm depois de muitas burradas. Para uma mulher, controlar o cabelo é, sem dúvida, por estúpido que pareça, uma conquista. Estou chegando (quase) aos 26 e me satisfaz saber que hoje, finalmente, eu consegui.

Sabe controle, "eu mando e você obedece"? Sem reclamar, sem fazer birra? Pois é, isso não existia. Meu cabelo nunca me deu ouvidos antes. E Hermione é fichinha perto da minha juba. Só que agora, depois de tanto tempo, eu descobri os vários macetes para satisfazê-lo (o cabelo, né) e me satisfazer. E que fique claro, sem simplesmente alisar e ter que me aguentar lambida pra sempre.

Mas não tem fórmula. Meu cabelo, por exemplo, gosta de tinta, adora um corte repicado, não liga pra hidratação, mas é apaixonado por hidratante pra pontas. Como eu descobri isso? Basicamente, fazendo errado: cortando franjas a la Sandy, queimando a cabeça em pseudo-progressivas, tentando o que funcionava no cabelo da minha mãe.

Por isso, envelhecer é tão bom, embora agridoce. Perde-se uns pontos em vigor, mas adiciona vários em bom senso. Quando vejo crianças com cabelos rebeldes, sempre penso: "Paciência, você vai aprender a lidar com ele. Não será sua mãe que vai ensinar, nem sua cabelereira. Será você mesma".

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