terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Semi-gordo e o ônibus

 
Este ano eu resolvi sair da semi-gordice. Decidi isso andando de ônibus. Cada vez que vou pro trabalho, preciso traçar toda uma estratégia para conviver harmoniosamente com os demais passageiros. Primeiro, evito os assentos com encosto fixo de braço. Proibidos. Porque um quadril largo não é sexy se você precisa sentar na beirada da cadeira. Também não posso ficar no canto. Imagina! Deixar tão pouco espaço pro passageiro azarado ao lado é maldade. Sobra então, para nós, semi-gordos, o banco solitário, de cara pro vidro. Disputado com unhas e dentes, não nos deixa nem socializar.

Pode parecer só um pequeno incômodo, uma pequena humilhação invisível. Mas é diária. 365 pequenas humilhações que podem matar aos pouquinhos o humor (que ainda tenho), os sonhos (ainda muitos) e a auto-estima (ainda uma incógnita flutuante). Então, esse é o ano da saúde. Porque se a saúde em si não é estímulo suficiente para emagrecer, que sejam os ônibus.

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